Olha que Arranjadinho

O espírito está lá. Ou, talvez, está cá. A festa continua a fazer as delícias da casa e é a altura de reunião de muitos hoje forasteiros que não deixam passar estes dias sem passar por cá. A cidade está transformada nestes dias. Vive-se de noite, dorme-se de dia. Mas tudo isto para as celebrações mais eufóricas, porque há toda uma dinâmica criada em volta da Queima das Fitas que não merece o mesmo mediatismo. São ações de intervenção social ou mesmo diversas atividades culturais e desportivas que só existem porque a Queima existe. São os carros a prepararem-se para o cortejo. Domingo há desfile. Domingo vêm os papás e o resto da família. Afinal, não se vai no carro  e nem se é finalista todos os anos. 

Logo, há mais...

Estamos a falar em lutas. Revoluções. Joana D'Arc em França. República Portuguesa. A verdade é que quando mete mulheres na luta as mamas assumem um papel fundamental. Servem para amamentar, mas também servem para lutar. A luta das mulheres não precisa de armamento bélico. Também não precisam de coletes à prova de bala. Muito pelo contrário, são os corpos semi-nus expostos ao perigo de toda a sociedade. Dar o corpo às balas literalmente. 

Hoje foi assim em França durante o Comício da Frente Nacional

«Quando parecia que o comício iria, agora, decorrer com normalidade, três ativistas do grupo Femen, surgiram numa varanda, com os seios à mostra. Nos seus corpos lia-se a mensagem “Heil Le Pen”. Tiveram tempo de pendurar bandeiras em alusão ao III Reich e dirigiram várias saudações nazis aos presentes. Acabaram por ser retiradas à força, como habitualmente lhes acontece.»

ARCA|EAC - Escola de Artes de Coimbra

ENCRUZILHADA | COORDENAÇÃO E ENCENAÇÃO Pedro Sousa DRAMATURGIA e REPRESENTAÇÃO Teresa Bandeira, Miguel Henriques, Denise Marta, Eva Freitas, Fábio Faria, Jéssica Teles, Felismina Amões, João Costa, Pedro Pereira, Mafalda Marques, Marcos Barão ATOR CONVIDADO Pedro Figueiredo CENOGRAFIA Eva Freitas e Rita Andias DESIGNER GRÁFICO Danilo Silva FOTOGRAFIA Hugo Pinheiro